terça-feira, 19 de maio de 2009

Reciclagem do Lixo


Quando se fala de lixo é preciso retornar o que muitos chamam de quatro erres, que já é clássico. O primeiro erre é REPENSAR. Junto com o repensar a dimensão mais importante ainda, é o RESSENSIBILIZAR, sensibilizar as pessoas, tocá-las afetivamente. A questão ecológica não é a questão verde, não é um ramo da biologia. Esse REPENSAR, RESSENSIBILIZAR é o primeiro ponto, a raiz da coisa.

Depois a REDUÇÃO, o REAPROVEITAMENTO e, por último, a RECICLAGEM. O lixo é um reducionismo para uma gama de materiais diferentes. Só de plástico, por exemplo, há dezenas de formas. O que é preciso dizer é que a reciclagem tem limites; depois de algumas vezes, muitos materiais já não suportam ser reciclados. O grande desafio é o que fazer com uma gama cada vez maior de equipamentos, baterias, pilhas. O problema não são as montanhas de lixo apenas, mas tudo o que está implicado nele enquanto consumo e poluição, exclusão social: dramas humanos por excelência.

Outro problema é como o lixo está dentro do nosso sangue. Novamente o exemplo do cocô na água. Essa mesma água é a que se bebe. Então, o lixo que a gente produz, está no nosso sangue. Ele vai para a terra, para o leite, para a carne. Ele é reprocessado, mas sempre sobra um tipo de molécula e resíduos químicos que voltam. Esse é um problema, por exemplo, do plástico. Há um dado muito interessante, apurado há muito tempo, que mostra que o homem europeu, nos últimos 40 anos, diminuiu em 50% sua produção de espermatozoides, basicamente por causa dos resíduos de plásticos e de agrotóxicos.
Fonte: Jornal Mundo Jovem / por Marcelo Pelizzoli.

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